domingo, 31 de agosto de 2008

Palco MPB com Ana Cañas


Na próxima segunda-feira, 14 de julho, o projeto “Palco MPB”, recebe uma das vozes mais aclamadas da nova safra da MPB: Ana Cañas. A talentosa cantora paulistana sobe ao palco do Teatro Rival Petrobras para lançar seu álbum Amor e Caos. Apenas as primeiras cem pessoas entrarão gratuitamente. As senhas serão distribuídas no local, a partir das 17h.
Ana Cañas mostra no “Palco MPB” canções de própria autoria, como "Devolve, Moço" – um sucesso no site My Space –, "A Ana" e "Mandinga não", além de regravações de Bob Dylan (Rainy day women), Caetano Veloso ("Coração vagabundo") e Jorge Mautner ("Super mulher"). A cantora apresenta também alguns standards de jazz - estilo que a tornou conhecida na noite.
Além de cantar, Ana Cañas conversa com o veterano locutor Fernando Mansur – mestre de cerimônia do projeto - sobre a turnê, suas experiências, suas carreiras e seus projetos.
A cantora sobe ao palco acompanhada do produtor do seu álbum Alexandre Fontanetti (violão), o co-produtor Fabá Jimenez (guitarrista e diretor musical do show), Adriano Trindade (baterista), Adriano Grineberg (tecladista) e Fabio Sameshima (baixo).
O "Palco MPB" tem um formato que favorece o encontro do artista com seus fãs. O diferencial deste projeto é que além de ser totalmente gratuito, ele transfere para os dias atuais a aura dos programas de auditório da “Época de Ouro do Rádio”. O projeto acontece sempre às segundas-feiras, no Teatro Rival Petrobras e quem perder a gravação do show, pode ouví-la às terças-feiras, às 16h, nos 90,3 MHz. Só este ano já passaram pelo projeto: Seu Jorge, Arlindo Cruz, Fernanda Takai, Maria Rita e Djavan.

sábado, 16 de agosto de 2008

Morre aos 94 anos no Rio o compositor Dorival Caymmi


São Paulo - Morreu, às 6 horas desta manhã de sábado, o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi. Ele faleceu em sua casa, no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio, aos 94 anos.

O compositor sofria de insuficiência renal e, em razão da idade, já não apresentava uma condição cardíaca favorável. Estava doente desde 2007, permanecendo em internação domiciliar desde dezembro.

Nesta manhã, com insuficiência múltipla dos órgãos, Caymmi sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Segundo a filha do compositor, a também cantora Nana Caymmi, o velório do pai será realizado no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, também na zona sul, mas ainda não foi confirmado um horário para o sepultamento.

Nascido em Salvador(BA) em 30 de abril de 1914, Dorival Caymmi mudou-se em 1938 para o Rio de Janeiro, onde apresentou-se na Rádio Tupi, cantando uma de suas composições mais conhecidas: "O Que é que a Baiana Tem?", que no filme "Banana da Terra", de 1938, foi interpretada por Carmem Miranda.

Poeta popular, compôs outras obras como "Marina", "Modinha para Gabriela", "Maracangalha", "Saudade de Itapuã", "O Dengo que a Nega Tem", "Rosa Morena). Dorival Caymmi era casado com a cantora Stella Maris.


domingo, 20 de julho de 2008

PARALAMAS E TITÃS

Este DVD registra a turnê comemorativa dos 25 anos de estrada de ambas as bandas, em show gravado em janeiro deste ano na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Paralamas do Sucesso e Titãs tocam juntos e misturam repertórios. Contam com participações especiais de Samuel Rosa (Skank), Andreas Kisser (Sepultura) e o ex-Titãs Arnaldo Antunes. Esse último remonta aos primórdios de sua carreira junto ao grupo no início dos anos 90.

Ainda que turnês comemorativas geralmente possam sugerir nostalgia, o repertório foi relido de forma criativa e não macula a história das duas bandas de maior sucesso do pop rock brasileiro oitentista ainda na ativa.

As novas roupagens que ambos os grupos empreendem aos seus respectivos legados, em versões que se equiparam às eternizadas em seus registros originais, é o principal destaque deste regitsro.

No roteiro de 19 canções, não faltam sucessos como "Diversão", "Trac-Trac", "Homem Primata", "O Beco", "Cabeça Dinossauro", "A Melhor Banda dos Últimos Tempos da Última Semana" e "Go Back", entre outros -- alguns deles aparecem entremeados entre si como as versões mistas de "Selvagem+Polícia" e "Sonífera Ilha+Ska".

Os titãs Sérgio Britto, Branco Mello e Paulo Miklos atuam aos moldes de um trio vocal jamaicano nas versões híbridas de "Marvin", "Go Back" e "Uma Brasileira", entre outros momentos luminosos deste DVD histórico com direção de Oscar Rodrigues Alves.

Making of com os bastidores são bônus do disco, que no decorrer de aproximadamente 95 minutos ainda apresenta trechos de ensaio, letras de músicas e outros itens. (MARCUS MARÇAL)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Ícone dos anos 80, banda Blitz ganha biografia ilustrada em novembro



Foto: Divulgação

Eles viraram revista em quadrinhos, álbum de figurinhas e serviram de inspiração para o roteiro da cultuada série “Armação Ilimitada”. Não só venderam um milhão de álbuns como também emplacaram jargões tirados das letras de suas músicas, como “ok, você venceu, batata frita”. Tudo isso numa época em que nem se falava em internet. Das reuniões na praia aos shows performáticos no Circo Voador, sete amigos - Evandro Mesquita, Fernanda Abreu e Márcia Bulcão (vocais), mais Ricardo Barreto (guitarra), Billy Forghieri (teclados), Antônio Pedro (baixo) e Lobão (bateria) – fizeram da Blitz um dos maiores fenômenos pop do Brasil nos anos 80 com seu new-wave bem-humorado.
A banda - que está na ativa até hoje, mas com outra formação, e até lançou um CD e um DVD ao vivo no ano passado - ganhará em novembro sua primeira biografia, "As aventuras da Blitz". Escrita pelo jornalista Rodrigo Rodrigues, apresentador do programa “Vitrine”, da TV Cultura, a obra será lançada pela Ediouro em forma de almanaque ilustrado, com fotos antigas e objetos de arquivo pessoal dos músicos, como as credenciais de quando foram à União Soviética representar o Brasil em um encontro de jovens. Além da parte visual caprichada, o livro está recheado de boas histórias e raridades, como trechos da primeira resenha sobre a banda, publicada na revista “Pipoca Moderna” e assinada por ninguém menos do que Paulo Ricardo muito antes do RPM surgir.
“Foi um lance espontâneo”, diz o autor. “Tinha muita gente bacana rodando pelo Rio naquela época, e acho até que foi a última safra dos cariocas dessa espécie. A praia nos anos 80 era um local muito fértil, não era só a galera querendo mostrar os corpos esculpidos na academia, era um caldeirão cultural. O Circo Voador foi montado pela primeira vez ali, entre Copacabana e Ipanema. A Blitz foi a banda que inaugurou o que ficou conhecido como Rock Brasil dos anos 80, e ninguém tinha contado essa história ainda.”

Foto: Divulgação

Para o jornalista, a banda - que criou hits como "Você não soube me amar" e "A dois passos do paraíso" - é responsável por ter aberto caminho para todas as outras que vieram depois. “Tanto que, na época em que estouraram, as gravadoras procuravam uma nova Blitz, e isso detonou uma corrida em busca de grupos com aquela configuração. No final dos anos 70 o rock nacional era meio mal resolvido, não se sabia para onde ele iria, e qual seria a música dos jovens na década seguinte. Já estava rolando uma cena com grupos tipo a Gang 90, mas a primeirona mesmo foi a Blitz.”
Rodrigues conheceu os músicos há 10 anos, quando produzia um programa na faculdade de jornalismo no Rio de Janeiro. “Li uma nota dizendo que a Blitz ia fazer um show de fim de ano. Fui procurar os integrantes e fiz uma matéria sobre o assunto. Depois o empresário me convidou para viajar com a banda para fazer um making of da turnê”, conta o biógrafo, que passou um ano inteiro em um ônibus com a Blitz. “Fomos para vários lugares. As filmagens não deram em nada, mas me aproximei do Evandro, do Billy e do Juba.”
A primeira lembrança que o autor guarda do grupo, no entanto, é muito mais antiga. “Foi o primeiro show de rock da minha vida. Eu tinha oito anos. A apresentação rolou na Praça da Apoteose em 1984. A galera do meu prédio se reuniu e foi junto, tinha umas 20 ou 30 pessoas na turma, os mais velhos levaram a molecada”, diz Rodrigues, que morava perto da gravadora EMI, no bairro de Botafogo, e ficava esperando encontrar seus ídolos por ali. O apelo da Blitz com o público infantil, aliás, era tanto que a banda chegou a fazer sessões duplas no Canecão, com um show para adultos e uma matinê para os menores de idade.

Foto: DivulgaçãoA dimensão do grupo fica explícita em um depoimento do empresário Roberto Medina, criador do Rock in Rio. Ao pensar na estréia do festival, em 1985, o nome nacional com maior destaque seria a Blitz. “Eles foram os únicos a ter um grande cenário, com um carro no palco e tudo mais”, reforça Rodrigues. O autor entrevistou também os músicos Frejat e Charles Gavin, além de produtores como Liminha e ainda Cléver Pereira, o primeiro a tocar uma música da Blitz no rádio. “Fui caçando informação onde podia”, brinca.
A praga de Lobão
Mas isso não impediu que três membros originais da banda discordassem da idéia do livro. Antônio Pedro e o casal Ricardo Barreto e Márcia Bulcão não quiseram dar entrevista. Isso porque, quando a Blitz se separou pela segunda vez, em 1997 (a primeira havia sido em 1986), o trio entrou na Justiça pelo direito do nome, mas quem ganhou foi Evandro Mesquita, que começou a carreira no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone e formou o grupo com a cantora Fernanda Abreu. Já Lobão, que deixou a Blitz no auge porque o som estava ficando “comercial demais”, não guarda rancores, segundo o autor.
“Ele é uma figura importantíssima. Foi Lobão quem deu o nome pra banda e era ele quem cedia o local onde os músicos ensaiavam. Ele achou que a banda estava infantilóide e rogou uma praga dizendo que a Blitz ia acabar tocando para o Papai Noel no Maracanã”, conta. Pegou: o grupo tocou mesmo para o bom velhinho em um evento naquele estádio em 1982. “No fim das contas foi bom, porque o sonho do Evandro era fazer um gol no Maracanã. Os seguranças ficaram correndo atrás dele, tinha até uns caras vestidos de urso perseguindo, mas ele conseguiu.”
“O Lobão queria que a Blitz tocasse músicas dele”, continua o autor. “Aquele cargo de apenas baterista de uma banda não cabia muito. Tem até uma história de que o Evandro teria dito que se o Lobão quisesse ele poderia ser o George Harrison [guitarrista dos Beatles morto em 2001], mas ele não quis, e acabou pulando fora.” Depois que o músico deixou a banda, o teste para assumir as baquetas na Blitz era tocar o hit “Geme geme”. A levada era complicada, e teve muito baterista que emperrou. Acabou ganhando o Juba, que entrou na banda sob a condição de usar boné, porque era careca e Fernanda Abreu o achava “muito feio”.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Show em homenagem a João Donato anima Ibirapuera


O pianista João Donato comandou na tarde desta quarta-feira um show gratuito que contou com uma série de conviddos no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
O público, que aproveita o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, lotou o gramado do parque, acompanhando Donato e seus convidados.Passaram pelo palco Bebel Gilberto, Adriana Calcanhotto, Fernanda Takai, Marcelo Camelo, Marcelo D2 e Roberta Sá, além da Orquestra Ouro Negro.
O show contou com roteiro e direção de Nelson Motta e arranjos de Mario Adnet.
Na próxima sexta-feira, João Donato se apresenta no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com ingressos custando entre R$ 15 e R$ 1.080.

sábado, 5 de julho de 2008

Claudia Leitte lança CD e DVD ao vivo com megashow em SP


A cantora Claudia Leitte deu início à turnê que inaugura sua carreira solo nesta sexta-feira, em São Paulo, no Credicard Hall. Além do novo passo, Claudia tem outro motivo para comemorar: seu CD e DVD Ao Vivo em Copacabana chega às lojas de todo o País.
Como era de se esperar, nenhum dos convidados do show carioca - como Gabriel, O Pensador, Carlinhos Brown e Wando - participaram desta apresentação. Mostrando que pode inovar, Claudia ainda fez alterações no palco, com status de megaprodução, e trocou o figurino, desenhado por ela mesma e aperfeiçoado por estilistas.
O Credicard Hall se encheu de fãs pouco antes do início do show. Fiéis, eles levaram placas e cartazes mostrando apoio à cantora, que agora ainda fará uma turnê pela Europa para divulgar o novo trabalho.
No novo show, Claudia apresenta uma série de hits que consolidaram a trajetória do Babado Novo, além de novas canções, como Pássaros, que falam exatamente sobre essa transição.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ivete Sangalo, Fernanda Takai e outras cantoras relêem ‘Clube da esquina’

Projeto reúne cantoras consagradas e nomes da nova geração de intérpretes.Marjorie Estiano, Marina de La Riva e Roberta Sá também participam.
Um clube do Bolinha às avessas: assim o produtor Guto Graça Mello define “Flores do clube da esquina”, projeto em que cantoras brasileiras interpretam as faixas que deram forma ao antológico movimento musical dos anos 70. Se Milton Nascimento e Lô Borges foram os principais responsáveis por jogar luz aos jovens talentos da ala masculina naquela época, hoje, 36 anos depois, são as mulheres da nova geração que encaram o desafio de recriar canções como “O trem azul” – que aqui ganha interpretação da atriz global Marjorie Estiano. Mas antes que os ouvintes mais exigentes deixem de ler o texto a partir daqui, é preciso dar o braço a torcer. Assim como o repertório do “Clube da esquina” remete a um caldeirão de influências que mistura Beatles, bossa nova e até jazz na mesma receita, a maioria das cantoras escolhidas acerta no tom principalmente pela diversidade de estilos. Até mesmo a rainha do axé Ivete Sangalo, que por motivos óbvios seria a primeira a destoar do time de representantes da “nova geração alternativa” escolhido para o álbum, injeta energia baiana ao clássico “Cravo e canela”, logo na abertura do CD. A ousadia poderia descambar para a farofa, mas a faixa seguinte quebra as (más) expectativas quando Roberta Sá empresta sua manemolência potiguar a “Tudo que você podia ser”, de Lô e Márcio Borges. Da mesma dupla de compositores vem “Um girassol da cor do seu cabelo”, interpretada por Vanessa da Mata com participação de João Donato ao piano. Já Marina de La Riva vai em busca de suas raízes cubanas ao cantar, em espanhol, a dramática “Dos cruces”, de Carmelo Larrea Carricarte. A jovem Luiza Possi não compromete “Paisagem da janela”, interpretada sem afetações. As Minas Gerais, é claro, estão representadas pelas vozes de Fernanda Takai (“Um gosto de sol”) e Marina Machado (“Nuvem cigana”), ambas com participação de Milton Nascimento. Além dele, o único homem que se intromete na brincadeira é Seu Jorge, cantando com Teresa Cristina o sambinha “Me deixa em paz”. Para aplacar a sede dos saudosistas sem queimar o filme.